quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Acústica de edifícios - princípios de cálculo

De uma forma geral, a minimização dos efeitos negativos do ruído pode ser conseguida através da redução dos níveis de ruído emitidos, do tratamento nos meios de transmissão e/ou, em casos extremos, através da protecção directamente nos receptores. Contudo, e no que se refere à acústica aplicada a edifícios, é sobretudo ao nível dos meios de transmissão, restringindo o campo de propagação, que surgem as principais possibilidades de actuação.

No estudo da acústica aplicada é frequente considerarem-se dois tipos de situações distintas:
O estudo da propagação sonora em espaços fechados, que pode, por sua vez, ser subdividido em três áreas:

a) Estudo da propagação de sons aéreos entre dois espaços, normalmente denominado isolamento acústico, que depende preferencialmente da massa e da estanquidade dos vários elementos que separam os dois locais.

b) O estudo da propagação do som no interior de um espaço fechado, frequentemente denominado de condicionamento acústico interior, que depende sobretudo da geometria do espaço, do tipo de revestimentos interiores e do recheio (mobiliário e ocupação). Este estudo visa controlar o som produzido e propagado no interior de um determinado espaço fechado, de modo à obtenção de um ambiente acústico adequado ao seu volume e às suas funções.
c) O estudo da propagação do som por via sólida, de sons ou ruídos de percussão, provenientes de choques ou de outras solicitações mecânicas aplicadas directamente nos elementos de construção, que depende essencialmente do tipo de estrutura do edifício, da ligação entre elementos de compartimentação e das características do local de aplicação da solicitação.

d) Estudo da propagação sonora no exterior, quer considerando fontes no exterior do edifício (por exemplo equipamentos mecânicos) quer considerando a própria radiação dos elementos envolventes do edifício (em especial dos elementos com menor isolamento sonoro).

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