De
uma forma geral, a minimização dos efeitos negativos do ruído pode
ser conseguida através da redução dos níveis de ruído emitidos,
do tratamento nos meios de transmissão e/ou, em casos extremos,
através da protecção directamente nos receptores. Contudo, e no
que se refere à acústica aplicada a edifícios, é sobretudo ao
nível dos meios de transmissão, restringindo o campo de propagação,
que surgem as principais possibilidades de actuação.
No estudo da acústica aplicada é
frequente considerarem-se dois tipos de situações distintas:
O estudo da propagação
sonora em espaços fechados, que pode, por sua vez, ser subdividido
em três áreas:
a) Estudo da propagação
de sons aéreos entre dois espaços, normalmente denominado
isolamento acústico, que depende preferencialmente da massa e da
estanquidade dos vários elementos que separam os dois locais.
b) O estudo da propagação
do som no interior de um espaço fechado, frequentemente denominado
de condicionamento acústico interior, que depende sobretudo da
geometria do espaço, do tipo de revestimentos interiores e do
recheio (mobiliário e ocupação). Este estudo visa controlar o som
produzido e propagado no interior de um determinado espaço fechado,
de modo à obtenção de um ambiente acústico adequado ao seu
volume e às suas funções.
c) O estudo da propagação
do som por via sólida, de sons ou ruídos de percussão,
provenientes de choques ou de outras solicitações mecânicas
aplicadas directamente nos elementos de construção, que depende
essencialmente do tipo de estrutura do edifício, da ligação entre
elementos de compartimentação e das características do local de
aplicação da solicitação.
d) Estudo da propagação
sonora no exterior, quer considerando fontes no exterior do edifício
(por exemplo equipamentos mecânicos) quer considerando a própria
radiação dos elementos envolventes do edifício (em especial dos
elementos com menor isolamento sonoro).
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